Após meses de altas consecutivas, o café finalmente apresentou queda nos preços. Ainda assim, está pesando no bolso do consumidor. Segundo levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/USP), junho registrou retrações significativas nas cotações do produto. O café arábica caiu -14,4% em relação a maio, alcançando o menor valor desde novembro de 2024, enquanto o grão do tipo robusta teve baixa de -18,4%, a maior do ano.
O presidente da Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (Asserj), Fábio Queiróz, avalia que a queda nos preços representa uma oportunidade clara para estreitar o relacionamento com os consumidores. “Ao longo dos últimos meses, acompanhamos uma disparada nos preços que pressionou as margens de toda a cadeia. Hoje, temos condições reais de repassar essa redução ao consumidor final, fortalecendo o poder de compra e a fidelização nas nossas gôndolas, com qualidade e transparência”, enfatiza o executivo.
Presente no dia a dia da maioria dos brasileiros, o café vai além de uma bebida — é um hábito cultural e um momento de pausa que se repete ao longo do dia. Com a recente queda nos preços, o setor cafeeiro ganha novo fôlego no varejo do Rio de Janeiro, impulsionando o consumo e abrindo oportunidades para que marcas se aproximem ainda mais dos clientes, fortalecendo o relacionamento e criando experiências mais atrativas no ponto de venda.
Queiróz também aponta caminhos para aproveitar esse novo cenário.
“O cenário representa uma oportunidade estratégica. É possível criar promoções e campanhas que reforcem o café como destaque em comunicação de ‘bom preço’. Uma estratégia bem definida pode levar a um aumento do fluxo de clientes nas lojas, afinal, ofertas atrativas tendem a trazer mais consumidores, incrementando a venda com itens complementares”, reforça o presidente da Asserj.
A expectativa da Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic) é positiva para o segundo semestre, com projeções de crescimento nas vendas internas, especialmente nas categorias tradicionais e extraforte, que respondem por boa parte do volume comercializado.
Esse movimento de queda ocorre após um início de ano marcado pela retração no consumo e agora se soma a fatores sazonais, como a chegada do inverno, que tradicionalmente impulsiona a demanda. Para os consumidores, isso significa mais espaço para adquirir cafés de maior qualidade, sem comprometer o orçamento.
“O café, mais uma vez, demonstra sua resiliência, ao mesmo tempo que o consumidor brasileiro reafirma sua paixão pela bebida, que volta a escolher suas marcas preferidas, principalmente, nas regiões onde o valor da cesta básica recuou”, destaca o diretor executivo da Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic), Celírio Inácio.
FONTE: 17/07/2025 – MONITORMERCANTIL
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