Declínios nos preços de cereais, especialmente trigo, e do açúcar compensaram altas globais de preços de outros alimentos
Os preços globais de alimentos caíram 2,1% em 2024 em comparação com a média do ano anterior, principalmente devido ao declínio nos preços de cereais e açúcar, de acordo com relatório divulgado nesta sexta-feira pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).
O Índice de Preços de Alimentos da FAO para todo o ano de 2024 está em 122 pontos, 2,6 pontos abaixo do valor médio em 2023.
Embora o Índice tenha mostrado uma tendência de alta constante na maior parte de 2024, impulsionado pelos preços de laticínios, carnes e óleos vegetais, esse aumento foi insuficiente para compensar totalmente os declínios nos preços de cereais e açúcar. O Índice de Preços de Cereais da FAO para 2024 caiu 13,3% em comparação com 2023, enquanto o Índice de Preços de Açúcar da FAO caiu 13,2% ano a ano.
De acordo com a FAO, o declínio nos preços dos cereais em 2024 foi principalmente devido aos preços mais baixos do trigo. Foi o segundo ano consecutivo de queda no índice dos cereais.
O Índice de Preços de Carne teve média de 119 pontos em dezembro, alta de 0,4% em relação a novembro, após três meses de declínios consecutivos, e 7,1% acima do valor correspondente do ano passado. O aumento foi impulsionado principalmente pelos preços mais altos da carne bovina, resultantes da forte demanda global. Os preços da carne de aves registraram um leve declínio devido à ampla oferta de exportação do Brasil. Em 2024 como um todo, o Índice de Preços de Carne teve uma média de 117,2 pontos, um aumento de 3,1 pontos (2,7%) em relação a 2023.
O Índice de Preços de Laticínios teve uma média de 138,9 pontos em dezembro, uma queda de 0,7% em relação a novembro, marcando o primeiro declínio após sete meses consecutivos de aumentos, mas permaneceu 17 acima do seu nível correspondente um ano antes. Em 2024 como um todo, o Índice de Preços de Laticínios da FAO teve uma média de 129,6 pontos, um aumento de 5,8 pontos (4,7%) em relação a 2023.
Esse aumento foi atribuído principalmente a uma forte alta nos preços da manteiga, devido a maior demanda global e suprimentos exportáveis restritos, resultantes de padrões climáticos que impactaram negativamente a produção.
FONTE: 03/01/2025 – MONITORMERCANTIL
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