Dados são do Radar da Scanntech, que mostram que a inflação nos itens essenciais foi um dos principais fatores para esse recuo
O varejo alimentar registrou, em março, o pior desempenho de vendas do ano até o momento, encerrando o mês com retração de -4,6% nas vendas por unidades. Esse resultado foi reflexo da redução de -3,4% no fluxo de consumidores nas lojas e do aumento de 7,4% nos preços da cesta de mercearia básica, o que resultou em queda de -5,4% nas vendas de itens dessa categoria, em comparação com o mesmo período de 2024.
Os dados são do Radar da Scanntech, que mostram que a inflação nos itens essenciais foi um dos principais fatores para esse recuo, reduzindo a frequência de visitas dos consumidores aos supermercados.
“Neste ano, a Páscoa será comemorada em abril — ao contrário do ano passado, quando ocorreu no fim de março e impulsionou as vendas de itens sazonais naquele mês. Essa mudança provocou uma migração no período de compra de determinados alimentos típicos da data, impactando diretamente os resultados de março/25. Ainda que desconsiderado o efeito da sazonalidade, os preços apresentaram uma aceleração de 6,8%, enquanto as vendas por unidade recuaram -1,4%”, explica Priscila Ariani, diretora de Marketing da Scanntech.
Em março, os principais alimentos que fazem parte da rotina alimentar do brasileiro registraram aumento de preço. O leite, por exemplo, teve um acréscimo de 4,2% em relação a fevereiro e de 13,2% no comparativo com o ano passado. O café, principal responsável pelo aumento de preço da cesta de mercearia básica, subiu 7% no comparativo com fevereiro, e 74,7% em relação ao mesmo período do ano passado. Outros itens essenciais também apresentaram elevação nos preços, como o ovo, que subiu 7,9%; a massa instantânea, 2%; o sal, 1,9%; e o macarrão, 0,3%, em relação a fevereiro.
“Ao observar especificamente a quarta semana de março, período em que tradicionalmente há um pico de consumo pré-Páscoa, nota-se uma queda de -8,6% nas vendas em comparação com o mesmo intervalo de 2024 — o que comprometeu a performance do mês, que vinha registrando resultados positivos nas três primeiras semanas”, completa Priscila.
Mesmo em um cenário de aumento de preços, o arroz e o feijão, indispensáveis na mesa do consumidor, registraram queda de -4,2% e -0,2%, respectivamente, em março em relação a fevereiro. No acumulado de 12 meses, o recuo foi ainda mais expressivo: -10% no preço do arroz e -24,4% no do feijão.
FONTE: 16/04/2025 – MERCADOECONSUMO
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